Apesar do caso envolver violência doméstica, crime não é considerado feminicídio por ter ocorrido antes da nova lei ser promulgada. Justiça decide se Arivaldo Siqueira da Silva, policial militar reformado, é ou não culpado pelo assassinato da esposa
Divulgação
Lucileia do Socorro Brandão Siqueira foi assassinada em abril de 2008, pelo esposo, dentro de casa e sem testemunhas. Onze anos depois, nesta quarta-feira (27), a Justiça decide se Arivaldo Siqueira da Silva, policial militar reformado, é ou não culpado pelo crime. O Julgamento acontece na sede do Fórum Criminal de Belém, no bairro da Cidade Velha.
O casal viva junto há vários anos e tinham três filhos. Apesar de se tratar de um caso de violência doméstica, como o crime ocorreu antes da lei que prevê o Feminicídio pelo Código Penal ser promulgada, Arivaldo é acusado de homicídio qualificado, pois, o assassinato teria ocorrido por motivo fútil e de forma que dificultou a defesa da vítima.
Enquanto a defesa pede que o réu seja julgado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar; a promotoria afirma que o crime poderia ter sido evitado e reforça que Arivaldo Siqueira era policial e bebia portando arma de fogo, no momento do crime. Além disso, o disparo atingiu na testa a vítima, que morreu na hora, sem possibilidade de reação.
Em depoimento, o réu afirmou que o relacionamento sempre foi tumultuado e que, antes do crime, estava consumindo álcool com a esposa. Ele disse ainda que a esposa era uma boa pessoa, mas ficava agressiva quando bebia.
Até o momento três testemunhas que não presenciaram o crime foram ouvidas e a expectativa é de que o julgamento seja concluído ainda nesta quarta-feira (27).
Fonte: G1 Pará
Comentários
Postar um comentário