Local recebe lixo de três municípios da Região Metropolitana de Belém e seu fechamento pode afetar mais de 2,5 milhões de pessoas Audiência pública debate fechamento do aterro de Marituba, na Alepa, em Belém.
Divulgação / Psol
O espaço que recebe o lixo doméstico de três municípios da região metropolitana de Belém, o Aterro Sanitário de Marituba é tema da sessão especial da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Desde as 10h, deputados e vários representantes de movimentos sociais discutem o que fazer para que o lixo tenha a destinação adequada sem interromper o serviço.
O fechamento do Aterro Sanitário de Marituba foi anunciado para o final de maio pela empresa Guamá Tratamento de Resíduos, atual responsável pelo tratamento do lixo coletado em Belém, Ananindeua e Marituba, todos localizados na região metropolitana. A interrupção do serviço afetaria mais de 2,5 milhões de pessoas.
O tema já foi alvo de audiência na Câmara de Vereadores de Belém e, agora, vereadores, deputados e representantes de vários órgãos, incluindo de movimentos sociais, voltam a discutir o assunto.
Protestos
Desde o fim das atividades do lixão do Aurá, em Ananindeua, muitos protestos marcaram a trajetória do novo aterro, em Marituba. Moradores do município interditaram a rodovia BR-316 diversas vezes. Em março de 2018, o mau cheiro, ocasionado pelo o acúmulo de chorume no local, fez com que várias pessoas acampassem no local para protestar. A comunidade exigia o fechamento do espaço.
Os manifestantes chegaram a bloquear o acesso de caminhões que faziam a coleta. Como resultado duas toneladas diárias de lixo domiciliar deixaram de ser recolhidas na Grande Belém.
Em janeiro, o Ministério Público do Pará (MPPA) propôs consórcio entre Belém, Ananindeua e Marituba para tratamento do lixo no aterro metropolitano, a fim de para viabilizar uma das soluções tecnológicas apresentadas por técnicos da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). O MPPA criou um grupo de trabalho para estudar a decomposição dos resíduos na área do aterro.
Processo
Em agosto, o MPPA entrou com ações nas áreas civil e criminal contra as empresas responsáveis pelo gerenciamento do aterro, pedindo o ressarcimento à população de Marituba pelos crimes ambientais e a condenação das empresas com pagamentos de multas e prisão dos responsáveis.
Em dezembro de 2017, três diretores da empresa foram presos durante uma operação do MPPA e da Polícia Civil, que investigava os crimes ambientais na área. Transcrições de conversas gravadas entre funcionários da empresa indicava a intenção de enganar a Semas sobre o tratamento do chorume excedente no aterro. Todos os presos já foram soltos.
Fonte: G1 Pará.
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