Governo do PA vai esvaziar duas unidades prisionais para evitar revanche de facção atacada em Altamira
Segundo a Susipe, 866 presos, sendo 226 de uma e 540 de outra unidade, serão removidos para evitar que haja um revide. A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) informou que vai esvaziar duas casas penais da região metropolitana de Belém, como ação preventiva, após o massacre que resultou na morte de 57 detentos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudoeste do Pará. O número de mortos subiu para 58 na noite de terça-feira, após peritos encontrarem um corpo carbonizado nos escombros do presídio. Segundo a Susipe, 866 presos, sendo 226 de uma e 540 de outra unidade, serão removidos para evitar que haja um revide da facção que foi atingida diretamente no episódio na unidade de Altamira. Doze dos 46 detentos envolvidos no massacre chegaram a Belém na terça-feira (30). O grupo desembarcou no hangar do Grupamento Aéreo de Segurança Pública e foi encaminhado para unidades prisionais. Entre o total de transferidos, oito líderes de facções criminosas serão encaminhados para presídios federais e oito para unidade prisionais em Belém, onde devem ficar em isolamento. Outros trinta custodiados devem ser distribuídos entre cinco outras prisões. A Justiça do Pará informou que vai iniciar um mutirão para avaliar processos e acelerar a situação de presos custodiados. As primeiras ações ocorrerão em Redenção e Bragança. O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) também informou que vai evitar que 1176 presos saiam de uma vez na saída temporária do Dia dos Pais. Governo do Pará transfere suspeitos de massacre em presídio de Altamira Perícia Até o final da noite de terça, quinze corpos haviam sido liberados pelo Instituto Médico Legal (IML). Os procedimentos foram encerrados às 18h30 para retornar às 6h30 desta quarta (31). Os mortos foram identificados como Efraim Mota Ferreira, 22 anos; Luilson da Silva Sena, 35 anos; Wesley Marques Bezerra, 21 anos; Adriano Moreira de Lima, 21 anos; Ismael Souza Veiga, 37 anos; Carlos Reis Araújo 23 anos; Jelvane de Sousa Lima, 35 anos; Josivan Irineu Gomes, 25 anos, Marcos Saboia de Lima, 28 anos; Rivaldo Lobo dos Santos, 20 anos; Josivan Jesus Lima; Evair Oliveira Brito; Deiwson Mendes Correa; Natanael Silva do Nascimento; Renan da Silva Souza. Veja a lista dos mortos IML de Altamira aguarda profissionais para ajudar a identificar corpos Força-Tarefa O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou a atuação da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) no Pará pelo período de 30 dias. A decisão atendeu ao pedido do governador do Pará, Helder Barbalho, que solicitou ao menos 40 integrantes da FTIP para atuarem em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos. De acordo com o governo do Pará, 10 agentes devem chegar no estado nesta terça-feira. O massacre Na segunda-feira (29), 57 detentos foram assassinados durante um confronto entre facções criminosas dentro do presídio. O número de mortos subiu para 58 na noite desta terça-feira (30). Líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). No local, 41 detentos morreram asfixiadas, 16 foram decapitados e 1 causa ainda não informada, segundo a Susipe. A transferência dos presos iniciou na manhã de terça-feira e doze detentos chegaram a Belém. Ao total, 46 presos serão transferidos para outros presídios. Cerca de 30 deles serão distribuídos nas casas penais do Pará. Os 15 que foram identificados como mentores e executores do massacre irão aguardar transferência para presídios federais. O Ministério da Justiça liberou 10 vagas para o governo do Estado em presídios federais. Massacre no presídio de Altamira Arte/G1 Initial plugin text
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Fonte: G1
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