PF diz que não viu sinais de invasão de garimpeiros em aldeia onde índio morreu

Índios da tribo Waiãpi, aldeia no Oeste do Amapá, enviaram pedidos de socorro dizendo que homens armados tinham matado um chefe da tribo. PF diz que não viu sinais de invasão de garimpeiros em aldeia onde índio morreu A Polícia Federal anunciou que não viu indícios da invasão de garimpeiros numa aldeia no oeste do Amapá. No sábado (27), índios enviaram pedidos de socorro dizendo que homens armados tinham matado um chefe da tribo. O primeiro alerta chegou às redes sociais por um índio da tribo Waiãpi, que é vereador no município de Pedra Branca do Amapari. “Nós temos um grande problema de invasão dos garimpeiros armados, e eles já mataram uma liderança. Já está com três dias já e agora os garimpeiros, invasores, estão acampando numa aldeia. Então estamos pedindo socorro”, disse Jauarawa Waiãpi (Rede). No domingo (28), o conselho das aldeias Waiãpi confirmou que Emyra Waiãpi morreu de forma violenta próximo à aldeia que ele comandava. A nota diz ainda que na sexta-feira (26) os Waiãpi encontraram um grupo de não índios armados e deram o alerta para outras aldeias por rádio. “Não houve até o momento indícios de invasão e, consequentemente, como não houve invasão, não houve conflito. Se assustaram ao encontrar um indígena morto e é possível, já aconteceu isso nas terras, de invasões, então é lícito que o primeiro pensamento seja que foi uma invasão, que foi um garimpeiro”, disse o general Luiz Gonzaga Viana Filho, comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva. O Ministério Público Federal confirmou as informações do Exército, com base em relatório da Polícia Federal. O MPF disse que não estão descartadas novas incursões na área com o uso de helicópteros. A chefe da ONU para direitos humanos, Michelle Bachelet, condenou a morte do índio Waiãpi e pediu ao governo brasileiro que reconsidere a sua proposta de abrir mais áreas da Amazônia para a mineração. Antes da declaração de Bachelet, o presidente Jair Bolsonaro disse que tem a intenção de regulamentar o garimpo no Brasil. E que o plano inclui a liberação da atividade em terras indígenas. Segundo o presidente, o índio tem direito de explorar o garimpo na sua própria terra.

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Fonte: G1