Número corresponde a intervenções que não foram concluídas ou sequer começaram. Em Porto Alegre, escolas aguardam por reforma da parte elétrica ou reconstrução de muro. Infraestrutura das escolas estaduais do RS preocupa, segundo pesquisa Um levantamento da Secretaria Estadual de Educação, encaminhado através da Lei de Acesso à Informação, mostra que na lista de obras emergenciais há escolas aguardando desde 2015. São intervenções que não foram concluídas ou sequer começaram. São cerca de 4 mil demandas, que vêm do interior e da capital. O governo estadual conta com 2,4 mil escolas. "Temos uma demanda muito maior do que o numero de escolas. Significa que a falta de manutenção ao longo do anos agravou a situação", comenta o secretário Faisal Karam. O Colégio Piratini, em Porto Alegre, é um exemplo da situação. Em 2015, foi iniciada uma obra para reformar a parte elétrica da quadra, após um aluno ter levado um choque. Era pra ser algo simples, mas não foi concluído. A empresa que iniciou a obra deixou pra trás o material, já pago pelo Estado. Restaram R$ 33 mil, que a escola quer agora usar pra cobrir a quadra. "Era pra ser resolvido em torno de um mês, estamos em 2019, e não aconteceu", comenta o diretor da escola, Maurício Girardi. Situação parecida vive a Escola Alberto Torres, que iniciou a reconstrução do muro em 2017. Ainda não viu a obra pronta. "Agora voltou pra [secretaria de] Obras, então sai da Secretaria de Educação, vai pra Secretaria de Obras, eles demoram pra ler, pra agilizar, aí falta isso, e volta de novo, e aí a burocracia nos deixa de mãos amarradas", comenta a diretora Marcilene Medina. Em Passo Fundo, no Norte do RS, a escola Lucille Fragoso de Albuquerque está interditada há dois meses, por risco de incêndio. Aguarda a liberação de R$328 mil para reforma da parte elétrica, sem previsão. Para minimizar os processos burocráticos, o estado criou um sistema de gestão de obras. Porém, entre o primeiro ofício, encaminhado pelo diretor solicitando a obra, até o início de fato, são pelo menos nove etapas. A meta agora é reduzir o número de etapas pra seis. "Temos que romper isso. Fazer com que não leve mais do que 30 dias. Esse vai ser o grande desafio. E aquelas obras que são planejadas de médio e longo prazo dentro de um ano de projeto que não leve mais de cinco meses", observa. "O estado não pode mais conviver com a tal situação. Muitas vezes se tem o recurso, se perde por falta de projeto ou agilidade no processo licitatário. O estado é muito pesado. Temos que ser mais criativos, mais ágeis, e se isso for necessário, terceirizando, priorizando dentro do recurso que o estado disponibiliza", completa o secretário.
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Fonte: G1
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