IML conclui identificação por DNA de 20 vítimas carbonizadas no massacre de Altamira, no PA


Massacre deixou 58 pessoas mortas. Outras dez vítimas ainda passam por perícia. Familiares de detentos mortos no massacre aguardam liberação dos corpos no Instituto Médico Legal (IML) Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo A equipe de peritos do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística (IC), do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves" (CPCRC), concluiu nesta segunda-feira (12) a análise de DNA de mais 20 corpos carbonizados de vítimas do massacre que deixou 58 pessoas mortas no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará. Outras dez vítimas ainda passam por análise. Os 20 corpos foram identificados após a análise do material genético dos familiares dos presos. Os parentes agora serão comunicados pela direção do instituto médico legal (IML), e os corpos serão liberados para sepultamento. Outros dez corpos ainda permanecem na unidade de Centro Perícias Científicas de Altamira. Novas coletas de material para análises complementares precisarão ser feitas para a identificação. Massacre no presídio Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio de Altamira causou a morte de 58 detentos. No dia 29 de julho, líderes do Comando Classe A incendiaram a cela onde estavam internos do Comando Vermelho. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio. Após as mortes, o governo do estado determinou a transferência imediata de dez presos para o regime federal. Outros 36 seriam redistribuídos pelos presídios paraenses. Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento. Morte de detentos na transferência Na noite do dia 30 de julho, quatro envolvidos na briga entre facções que resultou no massacre foram mortos durante o transporte para Belém, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). Os corpos foram encontrados na manhã de quarta-feira (31) com sinais de sufocamento. A Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) não deu detalhes de como as mortes ocorreram. De acordo com a Segup, os mortos são da mesma facção (Comando Classe A) e ocupavam a mesma cela no Centro de Recuperação Regional de Altamira. Foi essa facção que atacou integrantes do Comando Vermelho, facção rival. Os outros 26 presos que estavam no veículo e que seriam levados para a capital foram colocados em isolamento e serão ouvidos pela polícia. O caminhão tem quatro celas e a capacidade para até 40 presos –no momento dos crimes, 30 eram transportados. O Estado informou que não possui caminhão com celas individuais.

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Fonte: G1

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