Polícia Federal revela detalhes de ações da quadrilha acusada de fraudes milionárias na previdência social no PA
O esquema envolvia escritórios de advocacia que movimentavam milhões de reais em fraudes. A maioria dos clientes sabia das irregularidades. Polícia Federal revela detalhes da ação de quadrilha acusada de fraudar previdência social no Pará A Polícia Federal (PF) revelou detalhes sobre a quadrilha presa no dia 8 de agosto pela Operação Trampolina no Pará. Entre os presos, estão advogados que tiveram prisões temporárias convertidas em preventivas. As investigações apontam fraudes milionárias na concessão de benefícios da Previdência Social em cinco municípios do nordeste do estado desde 2014. Segundo a PF, o esquema envolvia escritórios de advocacia que movimentavam milhões de reais em fraudes. A maioria dos clientes sabia das irregularidades. Quatro advogados são apontados como líderes da quadrilha. São eles Anderson José Lopes Franco, Sabrina de Pontes Araujo, Evandro Souza Muniz (preso) e Willian Viana da Silva (preso). O grupo tinha escritórios em quase todas as regiões do estado e levavam uma vida luxuosa, segundo a PF. Na casa de Willian, preso na semana passada, foram apreendidos carros de luxo, sendo que um deles foi comprado à vista, no valor de R$ 200 mil. O inquérito da PF aponta que em uma só conta bancária, o mesmo advogado chegou a movimentar mais de R$ 15 milhões. As investigações iniciaram após a PF receber ofícios da Justiça Federal informando das fraudes. A organização criminosa usava documentos falsos para dar entradas em benefícios. Em um dos documentos, o nome do verdadeiro proprietário foi apagado com borracha. Segundo a PF, uma das filiais do escritório de Willian Viana da Silva, em Castanhal, dava entrada em cerca de 700 benefícios por mês, quase 80% a mais que os outros escritórios da cidade. Além dos quatro líderes da quadrilha, que desviou mais de R$ 2 milhões dos cofres públicos federais, outras doze pessoas estariam envolvidas no esquema. Em um áudio, o advogado Evandro Souza Muniz conversa com um funcionário sobre uma cliente que vai solicitar o benefício de amparo social ao idoso. A orientação dele é que ela minta na hora do atendimento. A defesa dele informou que o referido cliente não tem nenhum envolvimento com as fraudes, que não há algo que ligue o advogado à organização criminosa e que já entrou com pedido de habeas corpus. A reportagem da TV Liberal tentou contato com a defesa dos outros advogados, mas não obteve resposta. Prejuízo milionário A Operação Trambolina cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária em Castanhal, Igarapé-Açu, Abaetetuba, Maracanã e Moju. O prejuízo aos cofres públicos somam mais de R$ 2 milhões. Muitas fraudes ocorriam dentro dos escritórios de advocacia e nos endereços dos envolvidos. Fonte: G1 Pará
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