O quarto metal mais utilizado do mundo é o manganês e 36% das reservas minerais do Pará são desse elemento, que, somente em 2018, movimentou U$ 276 milhões no estado. Os smatphones, por exemplo, tem suas matérias primas derivadas do manganês, com as ligas metálicas usadas para produzir as baterias dos celulares. Pexels O quarto metal mais utilizado do mundo é o manganês e 36% das reservas minerais do Pará são desse elemento. Um dos estados brasileiros mais rico em minério, o Pará, de acordo com o Sumário Mineral do Estado, tem ainda 80% das reservas nacionais de bauxita, 77% das de cobre, 43% das de caulim. O G1 mostra aqui pra onde vai esse minério que movimentou U$ 276 milhões em 2018 no Pará. Apesar de quase 90% da produção de manganês ser destinada ao setor da siderurgia, suas aplicações incluem ainda a fabricação de fertilizantes, de rações animais e de carros. Os smartphones, por exemplo, tem suas matérias primas derivadas do manganês, com as ligas metálicas usadas para produzir as baterias dos celulares. O manganês é essencial também na fabricação de quase todos os tipos de aço e dá origem às pilhas alcalinas. O Brasil possui 10% das reservas mundiais de manganês, atrás apenas da Ucrânia (24%), África do Sul (22%) e Austrália (16%). No Pará, o manganês é encontrado em Cumaru do Norte, em Parauapebas e em Marabá, onde fica localizado a maior mineradora de exploração de manganês do mundo, a Buritirama. E de lá o minério segue para EUA, México, Noruega, China e Índia, de acordo com o Sindicato das Indústrias do Pará (Simineral). Extração do manganês realizada pela Buritirama Andréa França/G1 Pará O processo de extração é realizado a partir de planejamento da lavra, que otimiza os procedimentos para melhor aproveitar os recursos minerais. Essa é a primeira etapa do processo, é a extração propriamente dita e é toda feita com a utilização de maquinários. O minério removido é transportado por caminhões para começar o processo de beneficiamento, onde o manganês é separado da terra e de outros minérios sem valor. O beneficiamento é efetuado sem nenhum processo químico e qualificado através da sua granulometria e teor. O minério é lavrado na planta de beneficiamento e após isso é realizada uma verificação de produto onde acontece a separação das impurezas, concentração do material e qualificação por granulometria. O desenvolvimento de processos e circuitos de concentração então chega ao seu estado final onde é transformado em ligas metálicas que são exportadas para diversos países. Minério, manganês, estocado, Amapá, Serra do Navio, Icomi, Fabiana Figueiredo/G1 De acordo com a Buritirama, são extraídos cerca de 900 toneladas do minério durante o ano. Os dados da Simineral apontam que, a exportação do minério é realizada somente para fora do país. Ainda não existe demanda de produtos feitos a partir do manganês no Brasil. O valor exportado no primeiro semestre deste ano somam U$ 160 milhões, o que representa um crescimento de 34% comparado com 2018. A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) do Pará, no primeiro trimestre de 2019, foi de R$ 372 milhões. O Estado ocupa o 2º lugar no ranking dessa arrecadação. Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá foram os municípios que mais receberam royalties provenientes da indústria de mineração. Exploração ilegal Operação está sendo realizada no Pará, Bahia e Espírito Santo Reprodução/Polícia Federal Na contramão dessa produção, a prática de exploração ilegal do minério cresceu no sudeste do estado. Em 2018, a Polícia Federal divulgou um levantamento sobre a quantidade de manganês extraída de forma ilegal no Pará, assim como os prejuízos causados pela extração clandestina, como os danos ambientais provocados. Os prejuízos chegam a aproximadamente R$ 87 milhões. Ainda segundo a PF, as investigações de uma operação de extração ilegal do minério começaram em 2015 e mostram que a prática ilegal se expandiu tanto, que um dos pontos de extração ilegal já é considerado o terceiro maior do país. O principal ponto ilegal ligado a extração e ao processamento clandestino de manganês, fica no sudeste do estado entre os municípios de Marabá, Paraupebas e Curionópolis.
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