Major Ibsen Lima é comandante do 6º Batalhão da PM do município. A Justiça deve decidir agora se acata ou não a ação, tornando o major réu. A promotoria Militar do Ministério Público do Pará (MPPA) ofereceu a justiça na última quarta-feira (29) uma denúncia contra o major da Polícia Militar, Ibsen Loureiro de Lima. Ele é o comandante do 16º Batalhão da PM em Altamira, sudoeste do Pará. Segundo o MPPA, o militar é denunciado por crimes de assédio moral e sexual dentro do quartel. O G1 entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda retorno. No documento enviado a Justiça, o MP pede o afastamento do major Ibsen das funções administrativas exercidas no quartel. Segundo o Ministério Público, a saída do major "garantiria a ordem pública e os interesses da Polícia Militar". A Justiça deve decidir agora se acata ou não a ação, tornando o major réu. Segundo o documento obtido pelo G1, o Ministério Público tomou como base a denúncia de seis policiais militares. Entre as testemunhas, cinco são mulheres, que relatam episódios de assédio sexual no batalhão. Na reportagem, os nomes das militares serão omitidos em respeito a preservação da identidade. Relatos Uma das vítimas, conta que os assédios começaram quando, em determinada ocasião, ao se dirigir à máquina de xerox para pegar um documento, o major Ibsen teria prensar ela contra a parede e dito: " Ô ... (nome da militar) está toda durinha, gostosinha''. Em outro caso, uma das policiais conta que, certa vez, ao estar em pé, ao lado de sua mesa, o major Ibsen teria chegado por trás dela, tocado na cintura dela sem permissão, e dito "Ô (nome da militar) tu tá toda durinha''. As denunciantes afirmam que nunca sequer tiveram relação de amizade com o major. Elas contam ainda que, por confrontar o comandante pelo assédio, eram ameaças de serem transferidas para o município de Porto de Moz, no oeste do Estado. De acordo com o promotor de Justiça, Armando Brasil, o ambiente de trabalho no quartel se tornou inseguro e os assédios começaram a trazer problemas psicológicos para as vítimas. "Além de ofendê-las, essa situação pode afetar não só a questão da disciplina, mas também a própria prestação de serviços da Polícia perante a sociedade. Isso não pode acontecer, sobretudo, na esfera militar", afirmou.
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