Defensoria cobra reassentamento de famílias ribeirinhas afetadas pelas obras da usina de Belo Monte

Das 313 famílias retiradas das margens do rio Xingu, apenas 121 foram reassentadas e as outras 192 aguardam a conclusão do reassentamento. Defensoria Pública cobra reassentamento de ribeirinhos em Altamira A Defensoria Pública Estadual ajuizou uma ação que cobra a conclusão do reassentamento de ribeirinhos do Rio Xingu afetados pelas obras da usina de Belo Monte, em Altamira, sudoeste do Pará. Cerca de 190 famílias aguardam há mais de cinco anos o retorno para sua região. De acordo com a Defensoria, a ação é de proteção ao território dos ribeirinhos do rio Xingu, que foram afetados pela formação do reservatório de Belo Monte. As famílias foram remanejadas para o assentamento Água Azul, localizado na periferia de Altamira. Das 313 famílias que foram retiradas das margens do rio em razão do reservatório, apenas 121 foram reassentadas. A ação da Defensoria prevê ainda que a Norte Energia suspenda o acesso de funcionários nas comunidades ribeirinhas pelo prazo de 60 dias, a fim de evitar a propagação do novo coronavírus e resguardar a saúde principalmente de idosos e crianças da região. Ainda de acordo com a Defensoria, a empresa suspendeu as ações de reassentamento com a justificativa da Covid-19, porém o patrulhamento da área ribeirinha segue acontecendo. Ainda segundo a ação, a Norte Energia deve apresentar um cronograma de reassentamento das famílias ribeirinhas e o retorno delas para as margens do Rio Xingu deve ser agilizado. A empresa tem até o prazo até esta quinta-feira (16) para se manifestar. Em nota, a Norte Energia informou que a empresa vai se manifestar sobre a ação nos prazos legais estabelecidos.

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