Epicentro da Covid-19 no Pará, Belém está com unidades de saúde lotadas

Pacientes relatam demora no atendimento, mistura de pessoas com suspeita de Covid-19 com outros atendimentos e falta de orientação para evitar aglomerações. Secretário Municipal de Saúde, Sérgio Amorim, nega denúncias. Epicentro da Covid-19 no PA, Belém está com unidades de saúde lotadas As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são a porta de entrada para o primeiro atendimento de pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Mas quem procurou as UPAs nos bairros da Sacramenta e da Marambaia, na segunda-feira (13), em Belém, teve que enfrentar a demora, a falta de médicos e aglomeração em salas de esperas com pacientes suspeitos nas unidades de saúde. Na porta de entrada da Unidade de Pronto Atendimento da Sacramenta pessoas com e sem máscaras se aglomeraram esperando atendimento médico. "Estou desde 14h40. Casos de risco demorou uma hora para ser atendido. Está com falta de médico. Eu estou com um pouco de dor e falta de ar", contou Antônio Soares, pintor. A espera foi tão grande que pacientes aguardavam atendimento sentados no chão dentro e fora da unidade de saúde, como foi o caso do aposentado Raimundo Pantoja, que ficou esperando a vez no lado de fora. "Está tendo muita aglomeração, tem muitas pessoas ai dentro. Então eu estou esperando aqui para ver de vez em quando lá dentro se já está o meu número no painel". Na UPA da Marambaia o caso foi semelhante. Aglomeração de pessoas tanto dentro quanto fora, o que vai contra as recomendações do Ministério da Saúde. Um vídeo gravado por um dos pacientes que estavam na espera é possível ver a grand quantidade de pessoas em pé esperando atendimento, além de não haver distribuição de equipamento de proteção. "Não tem nada dessas coisas, nem álcool, nem máscara. A gente que tem que vir de máscara porque não tem. Há orientação para dar espaço de um banco entre as pessoas, mas como a aglomeração está muito grande, as pessoas estão sentando uma do lado da outra" disse a autônoma Simone Souza. De acordo com o Ministéria da Saúde, as UPAs devem funcionar 24h por dia. O objetivo das unidades é fazer o primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica e de trauma, como fraturas e cortes, além de infarto, falta de ar e dores no peito. "Eu cheguei aqui às 16h. Passei às 14h pela UPA da Sacramenta, vi que tinham mais de 300 pessoas para serem atendidas, vim para UPA da Marambaia. Estou aqui desde então, já está escuro. meu filho já foi atendido, mas está esperando uma medicação com suspeita da Covid-19 para simplesmente voltar para casa", relatou dona Eliete, que pertence ao grupo de risco, mas teve que acompanhar o filho à UPA. Nota O secretário Municipal de Saúde, Sérgio Amorim, informou que não há falta de médicos na UPA da Sacramenta e o que está acontecendo com as unidades de saúde do municípios está ocorrendo em todos os outros hospitais particulares da cidade, devido a grande procura pelo atendimento de urgência e emergência. Sérgio Amorim disse ainda que aglomeração e mistura de pacientes isso não procede. Pacientes com suspeita de Covid-19 é isolado. Existe uma orientação dentro de todas as nossas unidades para que as pessoas mantenham a distância. "Mais uma vez eu reafirmo, a população deve procurar as nossas unidades de saúde, UPAs e pronto socorros em situações graves, em caso que realmente seja de urgência e emergência", completou.

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