Governador do Pará diz que vacinação contra Covid-19 pode iniciar ainda em janeiro

Helder Barbalho visitou a Fiocruz para organizar a logística de distribuição das vacinas pelo território paraense. Governador do Pará, Helder Barbalho, fala sobre distribuição de seringas para vacina O Governador do Pará, Helder Barbalho, reuniu nesta quinta-feira (7) com diretores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e planeja iniciar a vacinação contra o novo coronavírus ainda em janeiro. Estado aguarda a respostas da Fiocruz e do Instituto Butantã para saber a quantidade de vacina que estará disponíveis no mercado. De acordo com Helder Barbalho, a Fiocruz deve disponibilizar cerca de duas milhões de doses da vacina Astrozeneca nos primeiros lotes, e até abril a produção pode chegar a 50 milhões para todo o Brasil. Quanto a Coronavac Butantã, o governador ainda aguarda a definição do quantitativo. Mesmo assim, a expectativa é que doses das vacinas cheguem no território paraense ao final do mês de janeiro. "A mensagem de prazo que me foi colocado foi que em até 15 dias nós devemos ter o início do processo de vacinação", contou o governador. Compra de vacinas Helder Barbalho informou que o Governo Federal sinalizou que pretende adquirir todas as vacinas produzidas no país. Se isto acontecer, o Pará aguardará a remessa que será enviada pelo Ministério da Saúde e participar do calendário nacional de vacinação, caso contrário iniciará o processo de compra e criar o seu próprio calendário de vacinação. "Caso haja qualquer dificuldade do Governo Federal em cumprir a necessidade do tempo de salvar a vida da população, o governo do estado já tem disponibilizado R$ 150 milhões para fazer a aquisição direta das vacinas que estejam validadas pela Anvisa e disponíveis para o mercado nacional", prometeu. Grupos prioritários O Governo do Pará já determinou os grupos prioritários que devem ser vacinados logo nos primeiros lotes. De acordo com Helder Barbalho, a vacinação deve acontecer inicialmente aos profissionais de saúde, as pessoas idosas, a indígenas e quilombolas e a profissionais de segurança. Mas segundo o governador, caso os primeiros lotes das vacinas que chegarem ao estado não forem suficientes para atender todos os grupos prioritários será feito um filtro dentro desses grupos para direcionar a imunização dos mais vulneráveis. "Hoje no Pará nós temos 140 mil profissionais de saúde. A ideia, na primeira fase, é que possamos vacinar a todos. Porém, não havendo oferta para vacinar a todos, nós vamos priorizar os profissionais de saúde que esteja na linha de frente da Covid. Para que estes que estão mais expostos ao vírus possam logo ser protegidos. Da mesma forma, os paraenses com mais de 60 anos, este totalizam 550 mil paraenses, não havendo oferta oferta suficiente para ao mesmo tempo imunizar a todos, nós vamos priorizar os que estejam com 80 anos para mais", explicou. Só que um estudo que está acontecendo no Reino Unido pode aumentar o número de pessoas imunizadas logo nos primeiros lotes. Isso porquê inicialmente o intervalo entre a primeira e a segunda dose teria que corresponder um prazo de 14 a 21 dias. De acordo com Helder, se este intervalo entre a primeira e a segunda dosa aumentar, o número de pessoas que serão imunizadas será maior. "Se houver a validação dos estudos que estão sendo consolidados no Reino Unido de que se pode aguardar três meses entre a primeira dose e a segunda dose, nós aplicaremos significativamente esta amostra, permitindo com que mais brasileiros possam ser contemplados, e claro os nossos paraenses com prioridade".

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