Segundo especialistas, a extração de ouro na Amazônia compromete o meio-ambiente, e novas medidas do governo federal facilitam a expansão de garimpos clandestinos na região. Ambientalistas dizem que decretos federais podem apoiar mineração ilegal na Amazônia O Pará é o estado que mais produz pescado no país. No entanto, essa potência econômica e de geração de emprego e renda é ameaçada pelo avanço de garimpos, que causam danos profundos ao meio-ambiente e contaminam os rios. Segundo o Instituto Escolhas, é preciso frear a extração e a comercialização de ouro ilegal na Amazônia. “O Brasil comercializou 229 toneladas de ouro com indícios de ilegalidade, em seis anos. Isso é praticamente a produção de ouro do país e a maior parte disso veio da Amazônia”, diz Larissa Rodrigues, gerente de projetos do Instituto Escolhas. “Esse problema tende a se agravar muito mais agora com a publicação desses decretos que querem facilitar, promover a inserção dos garimpos ilegais dentro do mercado formal”, alerta. A especialista se refere recentes mudanças anunciadas pelo governo federal. O Palácio do Planalto informou que decreto estabelece que o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal seja acompanhado por uma comissão formada por seis ministérios, coordenada pela pasta de Minas e Energia, para a formalização de atividades garimpeiras. O Ministério de Minas e Energia negou que o decreto vá ampliar o garimpo ilegal. Afirmou que "é preciso haver a distinção entre uma atividade legitimamente constituída, que respeita o meio ambiente e as operações ilegais de extração". O ministério alega também que "o aproveitamento mineral deve executado com observância das normas técnicas e regulamentares".
Fonte: G1 Pará
Fonte: G1 Pará
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