Maurício Filho, que se autointiula 'hétero top', está preso, acusado de publicar vídeos sem consentimento com cenas de sexo. Uma das vítimas, a atriz e influencer Luma Bonny, foi encontrada morta. Maurício Filho, que se autointitula "Hétero Top", acusado de ameaçar mulheres com vídeos íntimos no Pará. Reprodução / Arquivo Pessoal No Pará, ao menos três mulheres relatam ter sido vítimas de Maurício Cesar Mendes Rocha Filho, que se autointitula "hétero top" e é acusado de publicar vídeos, sem consentimento, com cenas de sexo, nudez ou pornografia. De acordo com os relatos, ele agia agressivamente, chegando a praticar violência física, além de ter um "comportamento manipulador e que ameaçava publicar vídeos e fotos íntimas das vítimas se elas não fizessem o que ele queria, forçando suas vítimas a usarem drogas". A descrição está presente na denúncia a qual o g1 teve acesso, feita à Justiça pelo Ministério Público do Pará (MPPA). Maurício está preso na Cadeia Pública de Jovens e Adultos (CPJA), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, na região metropolitana de Belém, após a morte da atriz e influencer Luma Bonny, 23 anos, em Belém. O caso está em segredo de Justiça. A denúncia, assinada por Isaías Medeiros de Oliveira, da 5ª Promotoria de Justiça Criminal, cita dez testemunhas no caso. Entre elas, familiares e pessoas próximas à Luma, encontrada morta no bairro do Marco, em Belém, no dia 9 de novembro de 2022, e duas outras possíveis vítimas de Maurício. Segundo as apurações iniciais, Luma teve um relacionamento com Maurício e ele "teria divulgado um vídeo íntimo da vítima em suas redes sociais dias antes" da morte. O caso ganhou grande repercussão entre a sociedade paraense. Encontro Dias antes da morte, no dia 6 de novembro, Maurício foi buscar Luma em casa e a levou para o sítio da família dele, na avenida Augusto Montenegro, em Belém, segundo as apurações da Polícia. Lá, eles teriam mantido relação sexual que foi registrada em vídeos. Durante o encontro, Maurício resolveu postar as imagens na internet. A Polícia aponta ainda que houve suspeitas de estupro. Três dias depois, a irmã de Luma a encontrou morta. Prisão Suspeito no caso, Maurício foi preso e prestou depoimento no dia 16 de novembro à Polícia. Ele afirmou que entrou em contato com a vítima no dia em que se encontraram no sítio da família dele. Segundo o relato, o suspeito declarou inicialmente que havia familiares dele no sítio, inclusive estavam de forma consensual na piscina do sítio. Até que depois disso, um vídeo foi gravado em um quarto escuro. Exposição A exposição do caso, principalmente pelas redes sociais, levou outras vítimas a procurarem a Delegacia de Atendimento à Mulher em Belém. Outras duas mulheres registraram que teriam sido vítimas de ameaças com a exposição de imagens íntimas por Maurício Filho. As vítimas, que terão identidade preservada pela reportagem, apontaram que se relacionaram com ele em 2021 e afirmaram que ele tinha comportamento "agressivo", sendo que uma delas teria sido agredida fisicamente, isso mesmo após o fim do relacionamento. Ele teria gravardoe postado imagens de cunho sexual expondo as vítimas. Uma das mulheres relatou à Polícia que chegou a ser procurada e ameaçada por Maurício, após a morte de Luma Bonny, segundo a denúncia do MP. Recuperação de imagens Imagens citadas nas denúncias tinham sido salvas no celular de Maurício e foram analisadas nas investigações. O acusado havia colocado o aparelho à venda, de acordo com a Polícia. Durante as investigações, o Centro de Perícias Científicas comprovou a presença de imagens íntimas com uma jovem. "O laudo do vídeo constata que na gravação da cena de sexo há uma mulher (...). Esta informação técnica se contradiz com o depoimento do denunciado que tentou ocultar a presença da vítima no local. Torna-se evidente, portanto, que a mulher deitada na cama era a vítima Luma Bonny", aponta o MP. Acusação Maurício Filho é acusado do crime de publicar e divulgar vídeo, sem consentimento da vítima, contendo cena de sexo, nudez ou pornografia, previsto no artigo 218-C do Código Penal Brasileiro. A pena prevista é de 1 a 5 anos de prisão, se o fato não constitui crime mais grave. Na denúncia, o MP pede que "ao final, em sentença, seja fixado valor mínimo indenizatório, considerando os prejuízos causados", valor que deverá ser revertido aos pais da vítima. O caso ainda não tem data marcada para julgamento pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
Maurício Filho, que se autointiula 'hétero top', está preso, acusado de publicar vídeos sem consentimento com cenas de sexo. Uma das vítimas, a atriz e influencer Luma Bonny, foi encontrada morta. Maurício Filho, que se autointitula "Hétero Top", acusado de ameaçar mulheres com vídeos íntimos no Pará. Reprodução / Arquivo Pessoal No Pará, ao menos três mulheres relatam ter sido vítimas de Maurício Cesar Mendes Rocha Filho, que se autointitula "hétero top" e é acusado de publicar vídeos, sem consentimento, com cenas de sexo, nudez ou pornografia. De acordo com os relatos, ele agia agressivamente, chegando a praticar violência física, além de ter um "comportamento manipulador e que ameaçava publicar vídeos e fotos íntimas das vítimas se elas não fizessem o que ele queria, forçando suas vítimas a usarem drogas". A descrição está presente na denúncia a qual o g1 teve acesso, feita à Justiça pelo Ministério Público do Pará (MPPA). Maurício está preso na Cadeia Pública de Jovens e Adultos (CPJA), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, na região metropolitana de Belém, após a morte da atriz e influencer Luma Bonny, 23 anos, em Belém. O caso está em segredo de Justiça. A denúncia, assinada por Isaías Medeiros de Oliveira, da 5ª Promotoria de Justiça Criminal, cita dez testemunhas no caso. Entre elas, familiares e pessoas próximas à Luma, encontrada morta no bairro do Marco, em Belém, no dia 9 de novembro de 2022, e duas outras possíveis vítimas de Maurício. Segundo as apurações iniciais, Luma teve um relacionamento com Maurício e ele "teria divulgado um vídeo íntimo da vítima em suas redes sociais dias antes" da morte. O caso ganhou grande repercussão entre a sociedade paraense. Encontro Dias antes da morte, no dia 6 de novembro, Maurício foi buscar Luma em casa e a levou para o sítio da família dele, na avenida Augusto Montenegro, em Belém, segundo as apurações da Polícia. Lá, eles teriam mantido relação sexual que foi registrada em vídeos. Durante o encontro, Maurício resolveu postar as imagens na internet. A Polícia aponta ainda que houve suspeitas de estupro. Três dias depois, a irmã de Luma a encontrou morta. Prisão Suspeito no caso, Maurício foi preso e prestou depoimento no dia 16 de novembro à Polícia. Ele afirmou que entrou em contato com a vítima no dia em que se encontraram no sítio da família dele. Segundo o relato, o suspeito declarou inicialmente que havia familiares dele no sítio, inclusive estavam de forma consensual na piscina do sítio. Até que depois disso, um vídeo foi gravado em um quarto escuro. Exposição A exposição do caso, principalmente pelas redes sociais, levou outras vítimas a procurarem a Delegacia de Atendimento à Mulher em Belém. Outras duas mulheres registraram que teriam sido vítimas de ameaças com a exposição de imagens íntimas por Maurício Filho. As vítimas, que terão identidade preservada pela reportagem, apontaram que se relacionaram com ele em 2021 e afirmaram que ele tinha comportamento "agressivo", sendo que uma delas teria sido agredida fisicamente, isso mesmo após o fim do relacionamento. Ele teria gravardoe postado imagens de cunho sexual expondo as vítimas. Uma das mulheres relatou à Polícia que chegou a ser procurada e ameaçada por Maurício, após a morte de Luma Bonny, segundo a denúncia do MP. Recuperação de imagens Imagens citadas nas denúncias tinham sido salvas no celular de Maurício e foram analisadas nas investigações. O acusado havia colocado o aparelho à venda, de acordo com a Polícia. Durante as investigações, o Centro de Perícias Científicas comprovou a presença de imagens íntimas com uma jovem. "O laudo do vídeo constata que na gravação da cena de sexo há uma mulher (...). Esta informação técnica se contradiz com o depoimento do denunciado que tentou ocultar a presença da vítima no local. Torna-se evidente, portanto, que a mulher deitada na cama era a vítima Luma Bonny", aponta o MP. Acusação Maurício Filho é acusado do crime de publicar e divulgar vídeo, sem consentimento da vítima, contendo cena de sexo, nudez ou pornografia, previsto no artigo 218-C do Código Penal Brasileiro. A pena prevista é de 1 a 5 anos de prisão, se o fato não constitui crime mais grave. Na denúncia, o MP pede que "ao final, em sentença, seja fixado valor mínimo indenizatório, considerando os prejuízos causados", valor que deverá ser revertido aos pais da vítima. O caso ainda não tem data marcada para julgamento pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
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